
Paula Filó do
Ateliê Fulorando.
Simplesmente lindíssimos!!!
Ateliê Fulorando
O período denominado democracia populista vai de 1945 a 1964 e se caracteriza pela instabilidade política. A economia e a indústria têxtil sofriam as conseqüências de tanta insegurança. Várias empresas continuavam a produzir e vender chita em abundância, muitas das quais deixariam de fabrica-la alguns anos depois.
As revistas femininas da época ditavam a moda – vinda de Paris – e ensinavam o comportamento feminino ideal: o de submissa rainha do lar. A drástica virada de mesa dos anos 60 ainda estava por vir, para mudar os rumos de lares, mulheres, rainhas, moda – e usos da chita.
A fábrica Bangu deixara de produzir Chita para pesquisar, desenvolver e produzir tecidos de qualidade à altura do mercado internacional, usando principalmente o algodão como matéria-prima. Encerraria, assim, sua função inicial de grande produtora de morins e chitas. Ainda hoje, porém, existe, na sede da fábrica, no Rio, a chamada Sala das Chitas. O prédio original de Bangu, onde ainda se produz um pouco de algodão, é utilizado como cidade cenográfica de produções de TV (como a novela Esperança, da Rede Globo em 2000) e cinema, graças à preservação impecável da construção original tipicamente inglesa.
No final da década de 50, a Fiação e Tecelagem São José voltou-se à demanda especifica de sua clientela, e começou a fazer testes para fabricar tecidos – entre os quais a chita – com largura maior.
A essa nova chita, mais larga, deu-se o nome de chitão, que “só deu certo e foi divulgado na década de 60, quando todo mundo começou a fazer também”, recorda-se Oziris Cimino, diretor comercial da Fiação e Tecelagem São José.
Hoje, o que caracteriza o chitão são as dimensões e as cores de suas estampas florais. Se alguém fizer essa estampa sobre outro suporte que não seja morim, certamente a referência do novo tecido será “estampa de chitão”.
As características principais do chitão certamente são: cores primárias e secundárias em massas chapadas que cobrem totalmente a trama (disfarçando, inclusive, eventuais aberturas e imperfeições), tons vivos, grafite delineando os desenhos, predominância de uma cor.
Fonte: Wikipédia